O Governo do Amazonas apoia reestruturação da cadeia produtiva da borracha. Segundo o governo, o incentivo à produção da borracha busca diversificar matriz econômica com geração de emprego e renda no interior do estado.
Para reforçar o compromisso do Governo na reestruturação e estimulação da retomada da cadeia produtiva da borracha nativa, de forma sustentável, o secretário de Estado de Produção Rural (Sepror), Petrucio Magalhães Júnior, visitou, na terça-feira (25), uma das instalações da fábrica de borracha natural do Grupo Rubberon, localizada na rodovia AM-070, quilômetro 8, em Iranduba.
Um dos objetivos da fábrica é produzir o primeiro “Pneu verde” em Manaus, por meio da extração da borracha natural, de forma sustentável, com a intenção de conservar a floresta. O grupo Rubberon também pretende, em parceria com o Governo do Amazonas, reativar a usina de borracha natural, em Iranduba.
“Com a chegada dessas indústrias pneumáticas de duas rodas, existe uma demanda e uma necessidade grande pela borracha natural. E com o apoio do Governo e da Prefeitura, vamos reativar esse ciclo, valorizando o produtor rural, mostrando que ele vai conseguir vender o látex e, principalmente, vai receber um valor justo pelo produto”, explicou o presidente da Rubberon, Marcos Garcia.
Petrucio Magalhães afirmou que o “Governo vai garantir, junto com a iniciativa privada, um valor justo, que fará com que o extrativista tenha dignidade, e que ele possa sustentar sua família”.
O secretário estava acompanhado da comitiva da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), liderada pelo titular da pasta, Pauderney Avelino.
Fábrica Michelin
No dia 17 de abril, a comitiva da Sepror e Sedecti, acompanhados pelo vice-governador do Amazonas, Tadeu de Souza, também puderam conhecer todo o processo na produção de pneus e projetos sustentáveis socioambientais da empresa Michelin, localizada na rodovia AM-010, quilômetro 22.
O secretário Pauderney Avelino destacou que somente nas fábricas de pneus de motocicletas e bicicletas, a demanda anual de produção de borracha gira em torno de 2,5 mil toneladas.
“Não tem como avançarmos sem a parceria privada. E de mãos dadas com o Governo do Estado podemos avançar, atrair seringueiros para voltar a produzir e, assim, desenvolver nosso interior, com atividades legais e uma alternativa viável de geração de renda”, explicou Pauderney.
Investimentos
Em 2020 e 2021, a Sepror entregou 600 kits seringueiros aos municípios de Lábrea, Manicoré, Canutama, Carauari e Itacoatiara. E em 2023, foram destinados mais 160 kits, para Lábrea, Humaitá, Boca do Acre e Pauini. Além de cerca de 500 mil pagos de subvenção aos seringueiros pela Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS).
Dentro das ações estruturantes do Plano Safra 23/24, serão investidos mais de R$ 800 mil em recursos, para aquisição de materiais e equipamentos necessários para a extração de látex.
Produção de borracha
Em março deste ano, Manaus recebeu o 1º Grande Encontro Estadual do Extrativismo da Borracha, que reuniu seringueiros de sete associações dos municípios de Pauini, Canutama, Eirunepé, Manicoré e Itacoatiara, assim como extrativistas de Apuí, Boca do Acre, Tefé e Santarém, esse no Pará.
Durante o encontro, os extrativistas fizeram um balanço da produção de 2022, em que foram comercializadas 60 toneladas de borracha. Uma safra que rendeu mais de R$ 700 mil em transações para aproximadamente 250 famílias de seringueiros. O projeto nasceu de uma parceria da Fundação Michelin e a Rede WWF.
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