Luísa Oliveira
O estado do Amazonas é conhecido por sua rica biodiversidade e importância para o equilíbrio climático global, porém marcado por uma grande desigualdade social e carência de políticas públicas efetivas para prevenção aos efeitos das mudanças climáticas. Todos os anos, a população enfrenta as graves consequências da falta de preparo e gestão das sazonalidades envolvendo chuvas em excesso ou estiagem, causando mortes, destruição e prejuízos econômicos.
De acordo com a Lei nº 3135, de julho de 2007, a Política Estadual Sobre Mudanças Climáticas, Conservação Ambiental e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas prevê, no artigo 2 inciso XI, “a elaboração de planos de ação que contribuam para mitigar os efeitos adversos das mudanças climáticas, fazendo-os constar dos planejamentos gerais ou setoriais do estado do Amazonas.” Leia aqui.
As chuvas em excesso são um problema recorrente e previsto na região, causando inundações e deslizamentos de terra que colocam em risco a vida dos habitantes. No final de março de 2023, acompanhamos o rastro do grande volume pluvial que assolou a capital do Amazonas, deixando 224 pessoas desabrigadas em Manaus.
INPE sinaliza possibilidade de queimadas na região durante os próximos meses
De acordo com o Prognóstico Climático de Inverno, divulgado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) para os próximos 3 meses, a região norte terá maior probabilidade de chuvas abaixo da média em função dos impactos causados pelo fenômeno El Niño. Leia aqui.
Apenas o extremo norte da região conta com a possibilidade de chuvas acima da média em áreas pontuais.
Se as chuvas não serão um problema potencial, por outro lado, a temperatura do ar no inverno deverá ficar acima da média em grande parte da região favorecendo o aumento da incidência de queimadas e incêndios florestais.
Plano de enfrentamento às mudanças climáticas pode salvar vidas no Amazonas
As mudanças climáticas são um problema global e que afetam todos os países, mas as regiões mais vulneráveis são as que sofrem as consequências mais graves. Em 2015, a seca no Amazonas foi tão intensa que o Rio Negro, um dos mais importantes da região, atingiu o nível mais baixo em 100 anos, afetando a navegação e a pesca e colocando em risco a segurança alimentar das comunidades locais.
Diante desse cenário, é fundamental que o governo adote medidas práticas efetivas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e o impacto delas na vida da população local.
Existem diversas formas para combater os problemas que já são esperados inclui investimentos em infraestrutura para prevenção de desastres naturais, como a construção de barragens e ações de manejo de bacias hidrográficas.
Leia mais:
Pesquisa observa impacto das mudanças climáticas em castanhas
Brasileiro tem sentimento de vulnerabilidade ecológica e climática, diz pesquisa
ZFM pode se beneficiar com repasses provenientes dos créditos de carbono
Siga nosso perfil no Instagram e curta nossa página no Facebook