O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) planeja resgatar a capivara Filó, que atualmente está sob a guarda provisória do fazendeiro e influenciador Agenor Tupinambá, em Autazes (AM). Para isso, será feita uma solicitação à Justiça Federal, com a intenção de abrigar o animal no Cigs (Centro de Instrução de Guerra na Selva), em Manaus.
Recentemente, o novo superintendente do Ibama no Amazonas, Joel Bentes de Araújo, consultou o CMA (Comando Militar da Amazônia) sobre a possibilidade de transferir a capivara para os cuidados do Exército. No entanto, o Cigs informou que não poderia acolher Filó em seu zoológico. Apesar disso, o Comando Militar orientou o Ibama a enviar formalmente a solicitação.
Após ser entregue por Tupinambá, a capivara ficou por dois dias no Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres) do Ibama. Durante esse período, houve tumulto e críticas por parte de ativistas dos direitos dos animais. A deputada estadual Joana Darc (União Brasil) acionou a Justiça Federal do Amazonas para que a capivara fosse devolvida ao fazendeiro, o que ocorreu em 30 de abril.
O Cetas, localizado em Manaus, passará por obras de reforma e ampliação. O Ibama já manifestou publicamente que irá recorrer da decisão judicial que concedeu a tutela da capivara a Agenor Tupinambá.
O Cigs, de acordo com seu site oficial, busca proporcionar um ambiente adequado para os animais em cativeiro, seguindo as normas legais. O local possui serpentários, um gaiolão para aves, um lago para macacos com cinco ilhas com primatas da fauna amazônica, um recinto para sauim-de-coleira com uma mini floresta, um recinto para jacarés com dois lagos artificiais e um amplo espaço para onças selvagens.
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