Manaus e Rio Branco têm os maiores índices de obesidade no Brasil, de acordo com um estudo da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso). Essa situação, que também afeta outras cidades do país, não é nova para Manaus, que lidera o ranking desde 2013, quando o monitoramento da obesidade nas capitais começou.
A Abeso calculou o índice de massa corporal da população para mapear a obesidade. Indivíduos com índice acima de 25 são considerados acima do peso, e a obesidade é considerada para índices iguais ou superiores a 30. Essa análise se baseou em dados da vigilância sanitária coletados em 2019, e a pesquisa nacional de saúde é realizada a cada cinco anos.
A obesidade no Brasil
É importante ressaltar que a obesidade não é uma questão exclusiva de Manaus, mas um problema que atinge todo o país. O Brasil tem uma das maiores prevalências de obesidade no mundo. Mais de 60% dos adultos apresentam excesso de peso, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. Entre adolescentes, quase 20% estão acima do peso e 6,7% são obesos.
Agravante para doenças
A obesidade é um fator de risco para diversas condições crônicas, como hipertensão arterial, diabetes e cardiopatias. O descontrole dessas condições pode levar a complicações que exigem intervenções hospitalares, ocupando leitos em hospitais e unidades de pronto-atendimento. Além disso, as condições crônicas demandam tratamento a longo prazo, o que impacta o sistema de saúde.
A obesidade e a desigualdade social
A obesidade também está ligada a questões sociais, como acesso a alimentos saudáveis. O Brasil tem desigualdades sociais marcantes, e a parcela mais empobrecida da população enfrenta dificuldades para escolher alimentos saudáveis devido às restrições financeiras. O país tem deixado de ser conhecido por sua tradicional alimentação balanceada, como o arroz com feijão, para adotar hábitos menos saudáveis.
A obesidade em Manaus
Nesse contexto, a Prefeitura de Manaus tem implementado políticas para promover a atividade física e melhorar a adesão a hábitos saudáveis, como a instalação de academias ao ar livre e a oferta de aulas de dança gratuitas. A luta contra a obesidade é uma questão de saúde pública que exige esforços coordenados para melhorar os hábitos alimentares, promover a atividade física e prevenir doenças crônicas relacionadas ao excesso de peso.
Lista
Capital
Percentual por sexo
Média total
1º
Manaus
Homens: 21% Mulheres: 25,7%
46,7
1º
Rio Branco
Homens: 23,3% Mulheres: 23,4%
46,7
2º
Macapá
Homens: 20,4% Mulheres 25,2%
45,6
3º
Natal
Homens: 24,3% Mulheres: 21%
45,3
4º
Campo Grande
Homens: 23% Mulheres: 22%
45
5º
Cuiabá
Homens: 21,9% Mulheres: 23%
44,9
6º
Porto Alegre
Homens 23,2% Mulheres: 20,3%
43,5
7º
Rio de Janeiro
Homens 20,1% Mulheres 23,1%
43,2
8º
Recife
Homens: 19,7% Mulheres: 23,4%
43,1
9º
Boa Vista
Homens: 24,6% Mulheres: 17,9%
42,5
10º
João Pessoa
Homens: 18,6% Mulheres: 21,8%
40,4
11º
Belo Horizonte
Homens 20,7% Mulheres 19,2%
39,9
12º
Fortaleza
Homens: 18,9% Mulheres: 20,9%
39,8
13º
São Paulo
Homens 18,5% Mulheres 21,1%
39,6
13º
Porto Velho
Homens: 21,6% Mulheres: 18%
39,6
14º
Maceió
Homens: 17,5% Mulheres: 22%
39,5
15º
Goiânia
Homens: 20,6% Mulheres: 18,6%
39,2
16º
Curitiba
Homens 21,1% Mulheres: 17,9%
39
17º
Aracaju
Homens: 18,7% Mulheres: 19%
37,7
18º
Belém
Homens: 20,1% Mulheres: 16,1%
36,2
19º
Salvador
Homens: 15,5% Mulheres: 20,3%
35,8
20º
Florianópolis
Homens: 18,8% Mulheres: 16,6%
35,4
21º
Teresina
Homens: 17,1% Mulheres 18%
35,1
21º
Vitória
Homens 16% Mulheres 19,1%
35,1
22º
São Luís
Homens 18,8% Mulheres: 15,8%
34,6
23º
Palmas
Homens 16,6% Mulheres: 14,3%
30,9
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Com informações de Abeso*
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