A estação chuvosa na Amazônia desencadeou um alerta sanitário em Manaus, que registra três vezes mais casos de febre oropouche do que em 2023. Até 3 de fevereiro, a Secretaria Municipal de Saúde confirmou 672 casos em 2024, comparados a 217 no ano anterior.
A Semsa informou uma morte por infecção simultânea de oropouche e dengue. A Opas, SES e Semsa emitiram alertas epidemiológicos sobre a transmissão do oropouche. A doença, transmitida por mosquitos, produz sintomas semelhantes aos da dengue.
O aumento de casos ocorre durante a intensa circulação de dengue no Brasil, indicando uma tripla epidemia no Amazonas. O pesquisador da Fiocruz, Jesem Orellana, destaca a falta de preparação e medidas preventivas, associando o aumento das arboviroses à crise climática e à falta de saneamento básico. Orellana critica o atraso nos alertas epidemiológicos e a inação diante dos surtos.
Para ele, não houve aprendizado com os dois colapsos do sistema de saúde no Amazonas durante a pandemia de covid-19 e o roteiro de erros é o mesmo.
“Não tem medida preventiva, nem sistema de alerta. É aquela mesma lógica da epidemia: a coisa acontece, as pessoas adoecem, a demanda ocorre e, depois de tudo isso, conta história para a imprensa para fins de registro”.
Com informações do Portal Marcos Santos*
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