Uma estrutura inédita foi instalada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, no município de Uarini (AM), marcando um avanço crucial no monitoramento ambiental da Amazônia. Com 48 metros de altura, a nova torre mede o balanço de gás carbônico (CO2) e metano (CH4) em uma floresta de várzea – área sazonalmente alagada.
Monitoramento avançado para combater as mudanças climáticas
Equipada com painéis solares, sensores de radiação solar, detectores de temperatura e analisadores de gases, a torre fornece dados precisos para estudos climáticos. O sistema foi financiado pela Fundação Gordon and Betty Moore e integra a rede internacional FLUXNET-CH4, composta por mais de 80 torres em diversos ecossistemas globais.
Por que a Amazônia é essencial no estudo do clima global?
Embora o metano esteja presente em menores concentrações na atmosfera, seu potencial de aquecimento é 28 vezes maior que o do CO2. As florestas de várzea, como a de Mamirauá, emitem naturalmente metano devido aos ciclos de alagamento. Essa dinâmica natural é equilibrada pela capacidade da floresta de absorver carbono, destacando a importância de conservar esses ecossistemas.
Desafios da construção da torre e impactos locais
A construção da torre enfrentou desafios relacionados ao clima extremo, incluindo cheias antecipadas e a pior seca já registrada na região. Esses eventos reforçam a urgência de entender os impactos das mudanças climáticas na Amazônia.
De acordo com o coordenador do projeto, Ayan Fleischmann, do Instituto Mamirauá, “o equipamento foi projetado para compreender a rapidez das mudanças climáticas. Ironicamente, fenômenos agravados por essas alterações dificultaram sua instalação”.
Dados para o futuro
A torre realiza medições precisas das concentrações de gases de efeito estufa até dez vezes por segundo, cobrindo uma área de até 1 km. Esses dados contribuirão para análises globais sobre o impacto das florestas tropicais no clima.
Com informações da Folha de S. Paulo*
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