Estado constrói plano estratégico para impulsionar cadeias produtivas sustentáveis e valorizar a economia da floresta
A bioeconomia tem se consolidado como uma alternativa promissora no Amazonas, unindo desenvolvimento econômico, conservação ambiental e inclusão social. O modelo está sendo estruturado por meio de um plano estadual de bioeconomia, atualmente em construção sob a coordenação da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti).
Plano estadual busca integrar economia e preservação ambiental
A proposta do plano é fomentar cadeias produtivas sustentáveis e valorizar os produtos da floresta, promovendo um ciclo de geração de renda e conservação ambiental. A iniciativa é liderada pelo Departamento de Bioeconomia e Ações Estratégicas (DBA) da Sedecti, que desde fevereiro de 2025 organiza os chamados Diálogos da Bioeconomia, encontros com produtores, empreendedores e representantes do poder público.
Esses encontros visam identificar demandas específicas de cada município e construir, de forma colaborativa, um plano alinhado à realidade local.
Diálogos da bioeconomia terão transmissão para todo o estado
A próxima etapa do processo será a Largada dos Diálogos, marcada para o dia 16 de abril, às 9h, no Centro de Mídias da Secretaria de Educação e Desporto Escolar (Seduc). O evento será transmitido ao vivo para os 62 municípios do Amazonas, dando início à escuta ativa em todo o estado.
De acordo com Milena Barker, gerente do DBA, as contribuições coletadas durante os encontros subsidiarão a elaboração do documento final do plano estadual.
Cadeias produtivas do açaí e da castanha se destacam
Dados do Departamento de Diversificação Econômica (DDE) da Sedecti evidenciam o potencial econômico da bioeconomia no Amazonas. A cadeia produtiva do açaí nativo lidera a produção regional com 893.212 sacas de 50 kg, movimentando 7.557 extrativistas e 83 associações. Em seguida, a produção de castanha-da-Amazônia soma 230.797 hectolitros, com a participação de 4.910 extrativistas e 43 associações comunitárias.
Esses números destacam a relevância do extrativismo e da organização comunitária para a economia sustentável do estado.
Iniciativas inovadoras unem tecnologia e saberes tradicionais
Além do extrativismo, a bioeconomia no Amazonas também avança por meio da inovação tecnológica. Um exemplo é a startup Agrega+ Eco Amazonya, que conecta tecnologias sustentáveis aos conhecimentos tradicionais da floresta.
A empresa atua com automação agrícola, sistemas hidropônicos e plataformas de gestão adaptadas à realidade amazônica, com foco na geração de renda, valorização da biodiversidade e inclusão de agricultores familiares e empreendedores.
Segundo Jane Maciel Leão, CEO da startup, empreender na bioeconomia significa criar soluções sustentáveis que respeitam os ciclos naturais e os saberes locais.
A Agrega+ conta com uma equipe multidisciplinar composta por dois sócios, cinco profissionais fixos e cinco terceirizados nas áreas de engenharia, agroecologia, TI, gestão ambiental e comunicação, além de parcerias estratégicas.
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