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Wilson Lima cobra resultados efetivos para a população e defende que ‘COP precisa caber na Amazônia’

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O Hub Amazônia, espaço que centraliza as discussões da Amazônia Legal na COP30, foi oficialmente aberto nesta segunda-feira (10/11), em Belém (PA). Na cerimônia, o governador do Amazonas, Wilson Lima, defendeu que a agenda climática global precisa gerar resultados pragmáticos e efetivos, especialmente para as populações que vivem e protegem a floresta.

O evento marca o início da programação conjunta dos nove estados que compõem a Amazônia Legal, sob a coordenação do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável (CAL).

Durante seu discurso na conferência, o governador amazonense enfatizou que o estado chega à COP30 com “entregas reais” e um conjunto de políticas públicas integradas. Segundo Lima, essas políticas são focadas tanto na conservação ambiental quanto na geração de oportunidades sustentáveis para a região.

“O que a gente espera dessa COP é que se possam trazer resultados pragmáticos, objetivos, e que todo o aporte de recursos chegue ao pessoal que está lá na comunidade, que é quem verdadeiramente protege a floresta”, declarou Lima.

Ele foi enfático ao afirmar a centralidade da região nos debates climáticos:

“Se a gente não proteger primeiro esse cidadão, não teremos condição de falar sobre proteção da floresta. Se a COP não couber na Amazônia, onde estão a maioria dos problemas, ela precisa ser repensada, ela precisa ser redimensionada”.

A cerimônia de abertura do Hub Amazônia contou com a presença de outros governadores da Amazônia Legal, incluindo Mauro Mendes (Mato Grosso), Laurez Moreira (Tocantins), Carlos Brandão (Maranhão), Clécio Luís (Amapá) e Gladson Cameli (Acre). O evento foi conduzido pelo anfitrião, o governador do Pará, Helder Barbalho, e teve moderação de Marcello Brito, secretário executivo do consórcio CAL.

Amazonas apresenta portfólio de bioeconomia e transição energética

Wilson Lima detalhou que o Amazonas apresenta na COP30 um conjunto de seis entregas estruturantes. O objetivo é consolidar o estado como uma referência global em desenvolvimento sustentável e na transição energética, mostrando projetos que já estão em andamento.

Entre os principais anúncios está o primeiro contrato de REDD+ (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) firmado em uma Unidade de Conservação estadual. Assinado para o Parque Estadual Sucunduri, no município de Apuí, o contrato tem potencial para movimentar R$ 590 milhões ao longo de 30 anos.

Foi apresentado também o Plano Estadual de Bioeconomia. O documento foi construído de forma participativa, com contribuições dos 62 municípios do estado, e define estratégias para consolidar o Amazonas como um polo de economia de baixo carbono, valorizando a sociobiodiversidade.

Na mesma linha, a Política Estadual de Transição Energética (Peten) estabelece o marco legal para o setor. A meta da política é reduzir em 50% o consumo de diesel nos sistemas isolados até 2030 e, no mesmo prazo, eliminar a pobreza energética, incentivando a inovação tecnológica e a inclusão social.

De moradias sustentáveis a inventário de emissões

No campo da inovação social e ambiental, o projeto “Amazonas ECOLar” foi um dos destaques. Trata-se de um programa de habitação sustentável que utiliza resíduos plásticos reciclados na construção de moradias. A iniciativa é fruto de uma parceria com a empresa colombiana Conceptos Plásticos e tem investimento total de R$ 11 milhões. O projeto inclui um centro de reciclagem em Manaus com capacidade para processar 80 toneladas de plástico por mês.

O estado também levou à conferência o Inventário de Emissões Atmosféricas. O estudo, considerado inédito, mapeia gases de efeito estufa (como CO₂, CH₄ e N₂O) e servirá como base para orientar futuras políticas públicas de mitigação e controle da poluição do ar.

O sexto eixo estruturante é focado na ciência e pesquisa. Foram apresentados os portfólios da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), que somam R$ 900 milhões em investimentos aplicados entre 2019 e 2025. Esses recursos apoiaram mais de 20 mil projetos de pesquisa, dos quais 108 são focados especificamente em mudanças climáticas, biodiversidade e inovação social.

Durante a programação no Hub Amazônia, o governador esteve acompanhado por sua equipe técnica, incluindo os secretários Eduardo Taveira (Meio Ambiente) e Rooney Peixoto (Energia, Mineração e Gás), o coronel Francisco Máximo (Defesa Civil) e a diretora-presidente da Fapeam, Márcia Perales, que detalharam os resultados e projetos de suas respectivas áreas.

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