De acordo com os dados coletados no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2022, Wilson Lima foi reeleito governador do Amazonas com 819.784 votos. O número, além de expressar sua força na disputa estadual, permite uma comparação com os resultados obtidos por candidatos ao Senado nas duas últimas eleições gerais.
Em 2018, o então candidato Plínio Valério (PSDB) foi eleito senador com 834.809 votos — número superior ao de Wilson Lima em 2022, mas alcançado em um pleito com duas vagas em disputa para o Senado. Como cada eleitor pôde votar em dois candidatos, o total de votos possíveis naquela eleição foi naturalmente maior.
Mesmo com essa diferença de formato, a distância entre os dois resultados é de apenas 15 mil votos, o que permite observar que, mesmo em uma eleição com apenas um voto por eleitor — como é o caso da disputa para o governo estadual — o desempenho de Wilson Lima em 2022 foi numericamente próximo ao do senador mais votado de 2018.
Em 2022, quando apenas uma cadeira no Senado estava em disputa, o mais votado foi Omar Aziz (PSD), que obteve 784.007 votos — número inferior ao de Wilson Lima na corrida ao governo no mesmo pleito.
Possível cenário para 2026
Com o fim do segundo mandato, Wilson Lima não poderá concorrer novamente ao cargo de governador em 2026. Diante disso, a possibilidade de disputar uma vaga no Senado é frequentemente mencionada em análises políticas e por apoiadores.
Incertezas
Apesar de todos os números, a conjuntura eleitoral para o próximo pleito ainda está indefinida. A competitividade de qualquer candidatura futura dependerá de diversos fatores, como o desempenho da atual gestão até o fim do mandato, eventuais alianças partidárias, o surgimento de novos candidatos e o comportamento do eleitorado diante de temas locais e nacionais.
Recentemente Wilson sinalizou que pode permanecer no mandato até 2026; ‘Vou cumprir minha missão’.
Outro elemento relevante na equação eleitoral é a relação política entre Wilson Lima e seu vice-governador, Tadeu de Souza (Avante). Embora tenham sido eleitos na mesma chapa, Tadeu não é visto como um aliado direto de Wilson e mantém diálogo com setores que fazem oposição ao atual governador.
Caso Wilson decida concorrer nas eleições de 2026, terá de renunciar ao cargo até abril do ano eleitoral — o que entregaria o comando do Executivo estadual a Tadeu de Souza por, no mínimo, oito meses.
Nos bastidores, há quem aposte na permanência de Wilson no cargo até o final do ano, a fim de articular um sucessor dentro de sua aliança política.
Por outro lado, no mês passado, um gesto simples do Pré-candidato ao governo do estado em 2026, Omar Aziz (PSD), colocou essa postura em dúvida. Omar destacou que, apesar das diferenças com o governador, sua atuação política é pautada por responsabilidade e respeito institucional, independentemente de alinhamentos eleitorais.
“Quero mandar um abraço ao governador Wilson Lima. Eu tenho as minhas prospecções políticas e ele tem as dele. Mas eu tenho uma coisa: eu não olho para quem ajudar. Aquele que eu puder ajudar, eu ajudo — não como favor, mas como obrigação de alguém que ganhou uma eleição com a ajuda de todos”.
Os dados eleitorais indicam que Wilson Lima alcançou, na última eleição, um volume de votos comparável — e, em alguns casos, superior — ao de candidatos vitoriosos ao Senado em pleitos recentes.
No entanto, o cenário político para 2026 permanece em construção e deve ser acompanhado com atenção nos próximos anos, considerando as diversas variáveis que impactam as disputas eleitorais.
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