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Trump zera tarifas do Brasil, após progresso nas negociações entre Washington e Brasília

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Medida anunciada pela Casa Branca elimina taxa de 40% sobre produtos agrícolas brasileiros, prometendo aquecer as exportações e fortalecer o agronegócio nacional.

Em uma decisão que promete redefinir a dinâmica comercial entre as duas maiores economias das Américas, o governo norte-americano anunciou, nesta quinta-feira (20), a retirada das barreiras fiscais sobre itens cruciais da pauta exportadora brasileira. A medida confirma que Trump zera tarifas que incidiam sobre produtos agrícolas estratégicos, com destaque para a carne bovina e o café, eliminando uma taxa de importação que chegava a 40%.

O anúncio foi oficializado pela Casa Branca e representa uma vitória significativa para o agronegócio do Brasil. A decisão de isenção ocorre em um momento estratégico, revertendo expectativas de protecionismo e sinalizando uma abertura comercial mais robusta para os produtores brasileiros. O fato de que Trump zerou as tarifas de tal magnitude (40%) é visto por especialistas como um aceno diplomático e pragmático, visando garantir o abastecimento interno nos Estados Unidos e controlar a inflação de alimentos no país norte-americano.

Impacto direto no Agronegócio

A eliminação da alíquota de 40% deve ter impacto imediato no volume de exportações. Até então, a alta taxação funcionava como um freio para a competitividade do produto nacional nas prateleiras americanas. Com a nova diretriz onde Trump zera tarifas, frigoríficos e cooperativas de café ganham uma vantagem competitiva sem precedentes frente a outros concorrentes internacionais.

Para a carne bovina brasileira, que já possui reconhecimento mundial pela qualidade e sanidade, a entrada facilitada no mercado americano serve como uma vitrine global. O mesmo se aplica ao café, que, livre das taxas proibitivas, poderá expandir sua participação no concorrido mercado de bebidas dos EUA. Entidades do setor produtivo, como associações de exportadores de carne e conselhos do café, receberam a notícia com otimismo, projetando um aumento substancial na receita em dólar para o próximo trimestre.

Mudança ocorre após conversa entre Trump e Lula

De acordo com o próprio texto da ordem executiva, a alteração foi motivada por um “progresso inicial” nas negociações com o governo brasileiro. Trump menciona especificamente uma ligação telefônica realizada em 6 de outubro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na qual ambos concordaram em iniciar tratativas para diminuir tensões comerciais.

Desde então, segundo o governo dos EUA, órgãos responsáveis pela análise da emergência declarada em julho passaram a recomendar a exclusão de determinados itens agrícolas brasileiros da tarifa extra.

A medida surpreendeu parte do mercado financeiro, que aguardava políticas mais restritivas da administração republicana. No entanto, ao confirmar que Trump zerou tarifas adicionais para o Brasil, Washington demonstra interesse em fortalecer laços bilaterais na hemisfério ocidental.

Analistas de comércio exterior apontam que a medida não beneficia apenas o exportador brasileiro, mas também o consumidor americano, que poderá ter acesso a produtos de alta qualidade a preços mais competitivos. A inflação dos alimentos tem sido uma preocupação central nos EUA, e a facilitação da entrada de insumos brasileiros ajuda a mitigar o aumento de preços nas gôndolas locais.

Tarifas continuam, mas com alcance reduzido

Apesar da flexibilização, o governo Trump não revogou totalmente a tarifa extra. Os Estados Unidos mantêm a declaração de emergência nacional em relação ao Brasil, assinada em julho, e seguem monitorando as políticas brasileiras que motivaram a medida inicial.

A ordem determina que o Departamento de Estado e outras agências federais sigam acompanhando as negociações e informem Trump caso considerem necessário ampliar ou reduzir novamente as sanções comerciais.

Com a confirmação de que o governo Trump zera tarifas para estes produtos específicos, abre-se um precedente para negociações envolvendo outros setores da economia, como o etanol e o aço. O governo brasileiro deve aproveitar este momento favorável para intensificar as rodadas de negociação comercial, buscando estender os benefícios para outras áreas da indústria nacional.

A expectativa agora recai sobre a implementação prática da medida e a logística para atender ao provável aumento de demanda. Portos e exportadores brasileiros já começam a se preparar para um fluxo mais intenso de mercadorias rumo à América do Norte, consolidando o Brasil como um parceiro alimentar indispensável para os Estados Unidos.

Confira a lista dos principais produtos brasileiros isentos da tarifa de 40% dos EUA:

Categoria Produtos Observações
Carnes Carnes bovinas frescas, congeladas e resfriadas Inclui cortes específicos, como filé mignon, alcatra, picanha
Frutas Tomate, coco, açaí, suco cítrico (laranja, limão, tangerina), castanha-do-pará Produtos frescos e processados, incluindo sucos naturais
Café e Chá Café verde, café torrado, chá verde Inclui diferentes tipos e formas de processamento
Especiarias Pimenta, cúrcuma, gengibre, noz-moscada Usados tanto para consumo direto quanto para indústria alimentícia
Óleos Essenciais Óleos essenciais extraídos de plantas brasileiras, como óleo de copaíba, óleo de andiroba Usados em cosméticos, farmacêuticos e aromaterapia
Produtos Religiosos Produtos específicos para uso religioso, como ervas e incensos tradicionais Isenção válida para produtos destinados a práticas religiosas
Produtos Congelados Frutas e vegetais congelados, como polpas de frutas congeladas Isenção válida para produtos congelados em determinados períodos

Leia na íntegra a ordem executiva que determina o fim das tarifas, publicada na página da casa Branca clicando neste link

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